Aula 2

1. Introdução

Olá a todos! Hoje vamos abordar a partilha excessiva de informação online.

Vamos analisar a seguinte publicação fictícia: “Não podia estar mais orgulhosa – o Samuel arrasou no exame de história! 👏 92%!”

Sondagem rápida: Mostrem polegar para cima se alguém que não vocês deve partilhar conquistas como esta sem pedir primeiro; polegar para baixo se não deve.

2. Mini Debate

Agora vamos discutir os nossos pensamentos e sentimentos sobre isto:

“Imaginem que alguém publicou uma fotografia vossa e vocês não gostaram do aspeto. Para aqueles que acham que não há nada de errado com isto, passem para o lado direito da sala.”

Para aqueles que acham que isto não está correto, passem para o lado esquerdo da sala. Os demais passem para o lado direito da sala. Teremos dois grandes grupos.

Para o grupo do lado esquerdo da sala: discutam no vosso grupo algumas das razões pelas quais acham que vocês têm direito à privacidade e a decisões.
Para o grupo do lado direito da sala: discutam no vosso grupo algumas das razões pelas quais pode ser aceitável que os outros publiquem informações sobre vocês.

Existe uma tensão entre o que as pessoas pretendem ao publicar sobre vocês, por exemplo, que estão orgulhosas de vocês ou que querem que as pessoas saibam de coisas que fizeram ou da vossa amizade, e a vossa própria privacidade e o que quer que as pessoas saibam sobre vocês no ciberespaço. Não se esqueçam de que têm direitos sobre os vossos próprios dados e sobre o que é dito a vosso respeito.

3. Acordo de partilha em redes sociais

Em grupos mais pequenos, vão agora elaborar em conjunto um Acordo de Partilha em Redes Sociais. Trata-se de um conjunto simples de diretrizes sobre a forma como queremos que os outros tratem as nossas fotografias, vídeos e momentos pessoais online. Isto inclui o que se pode publicar e o que não se pode, porque o respeito online começa sempre por perguntar primeiro.

Vamos pensar sobre o seguinte:

• Como se sentiria se alguém publicasse uma fotografia ou uma história sobre si sem pedir?

• Já alguma vez foi identificado em alguma publicação que o deixou desconfortável?

Partilhamos a nossa vida online, mas nem tudo é adequado para ser partilhado. Trata-se de criar respeito digital. Tal como queremos que as pessoas perguntem antes de pedirem as nossas coisas emprestadas, também devem perguntar antes de publicarem fotografias ou histórias sobre nós.

Os grupos podem utilizar, como apoio, o documento Acordo de Partilha em redes sociais:

Caso prefiram construir o próprio modelo também podem utilizar, como apoio, o documento Exemplos de iniciadores de frases e cláusulas:

Tenham em consideração que os exemplos nos documentos são apenas exemplos. Podem ser ajustados e podem ser criados outros.

Ao concluirem as propostas cada grupo realça uma regra que tenham criado e argumenta porque é que ela é importante. Podem pensar no quão seguros se sentem ou no que isso diz aos outros sobre vocês, com o qual se podem ou não sentir confortáveis.

4. Consentimento e Conclusão

Vamos analisar e refletir sobre esta citação da UNICEF:

“Quando partilhamos detalhes sobre os nossos [outros] online sem os envolvermos… perdemos a oportunidade de ensinar o que é o consentimento”.

Refletam durante um minuto e escreverem o que significa para o consentimento digital.

Excelente trabalho! Guardem os rascunhos dos acordos e falem sobre eles com quem se sentirem à vontade para o fazer – amigos, familiares, pessoas da vossa equipa desportiva ou com quem passam tempo.

Lembrem-se que não faz mal ter limites e coisas com que se sentem ou não confortáveis. Se não gostam que outras pessoas partilhem coisas sobre vocês online, digam-lhes. Trata-se de ter uma conversa, não de ficar em silêncio.