SUMÁRIO DA AULA
Análise colaborativa de publicações simuladas nas redes sociais e promessa de uma pegada digital pessoal.
MATERIAIS
• Documento Descarregável: Cartão de Consentimento Digital;
• Documento descarregável: A história Foto surpresa da Ana;
• Documento descarregável: Pode ser partilhado ou é privado?;
• Projetor ou ecrãs para exemplos de publicações em redes sociais (Opcional);
• Acesso ao Padlet ou plataforma/aplicação equivalente para interagir com os alunos (Opcional);
• Folhas de papel;
• Cartolina;
• Quadro branco ou flipchart;
• Lápis de cor;
• Canetas.
Ligações e Materiais externos:
Padlet: https://padlet.com/
PREPARAÇÃO
• Fazer o passo-a-passo para os alunos;
• Imprimir os Cartões Consentimento Digital. Um para cada aluno.
• Imprimir o documento “A história Foto surpresa da Ana”. Um para cada grupo de 3 alunos;
• Imprimir o documento “Pode ser partilhado ou é privado?”. Um para cada grupo de 2 alunos;
• Preparar tabela de folha de cálculo de duas colunas dividida em O que pode ser partilhado versus O que é privado.
PLANO DA AULA
1. Dar as boas vindas e dar continuidade ao tema;
2. Realizar a leitura colaborativa do conto chamado Foto surpresa da Ana e promover reflexão sobre a importância do consentimento;
3. Realizar a atividade “Pode ser Partilhado ou é Privado?”;
4. Concluir a atividade promovendo reflexão e preenchimento dos Cartões de Consentimento digital.
Orientações complementares
A seguir partilhamos algumas orientações e sugestões de diálogo que pode ter com os alunos em cada etapa desta aula:
Introdução (item 1 do passo-a-passo para os alunos)
Dê as boas vindas e introduza o tema da partilha de dados pessoais online e a importância do consentimento.
História da foto surpresa da Ana (itens 2 e 3 do passo-a-passo para os alunos)
Distribua o documento impresso “Foto surpresa da Ana” ou partilha no ecrã/Padlet.
Convide voluntários para lerem um parágrafo cada um, fazendo uma rotação de leitores até a história chegar ao fim.
No final da leitura, pergunte ao grupo ou coloque as questões no ecrã/Padlet:
1. Quem é que consegue resumir o que aconteceu à Ana nesta história?
Um breve resumo inclui a história de uma criança que começa o dia de bom humor, até descobrir que a mãe voltou a publicar um vídeo antigo em que ela dançava e caía, um momento que ela achava embaraçoso. Apesar de a mãe achar que era engraçado e inofensivo, a criança sente-se humilhada quando os colegas da escola começam a gozar com ela. Incentivada por um amigo que passou por uma experiência semelhante, a criança decide falar com a mãe e dizer como se sentiu com a publicação. A história termina com o pedido de desculpas da mãe e com o seu acordo em pedir autorização antes de publicar no futuro, mostrando como as conversas abertas e respeitosas sobre o consentimento digital podem reforçar a confiança e a compreensão no seio das famílias.
Os pontos-chave a consolidar com os alunos incluem:
2. Como é que acha que a Ana se sentiu nesse momento?
3. Já vos aconteceu algo deste género a vocês ou a alguém que conhecem?
Os exemplos de sugestões podem incluir:
Se ninguém se oferecer como voluntário para a P3, partilhe uma breve história pessoal para exemplificar a abertura.
Exemplo 1: Sabem, também me aconteceu algo parecido. Há alguns anos, um amigo meu publicou uma fotografia engraçada de mim numa festa. Tinha bolo na cara e estava a fazer uma expressão muito parva, não era o meu melhor aspeto! Nem sequer sabia que tinham partilhado a foto até alguém me ter identificado. Muitas pessoas riram-se, mas eu não me senti muito à vontade. Eu não tinha escolhido que esse momento fosse partilhado. Não fiquei zangada, mas senti-me um pouco embaraçada. Por isso, enviei uma mensagem ao meu amigo e disse-lhe que gostava que ele tivesse perguntado primeiro. Ficou surpreendido. Pensou que era apenas uma recordação engraçada, mas ouviram-me e retiraram a foto. Desde então, ambos nos certificamos de que perguntamos antes de publicarmos qualquer coisa que envolva o outro. Isto ajudou a nossa amizade a ser mais respeitosa e justa.
Exemplo 2: Entrei num vídeo que alguém filmou durante um evento de trabalho. Não me apercebi de que estava em segundo plano a fazer uma cara estranha enquanto tentava arranjar o projetor! Mais tarde nesse dia, o vídeo foi partilhado online e algumas pessoas começaram a brincar com o assunto. Embora não estivessem a ser maus, senti-me um pouco embaraçada. Não gostava do meu aspeto e não sabia que ia ser partilhado.
Falei com a pessoa que o publicou e disse-lhe: “Sei que foi só por diversão, mas senti-me um pouco constrangida por estar naquele vídeo sem saber.” Ele compreendeu e ofereceu-se para ajudar, o que me fez sentir muito melhor. Lembrou-me que até os adultos precisam de ter conversas sobre a partilha de coisas online e que não faz mal falar se algo não parecer bem.
Tenha em atenção as políticas internas de salvaguarda da sua organização em caso de revelação de situações dolosas. Siga o processo e o procedimento normais.
4. Porque é que um pai, familiar ou amigo pode achar que é correto publicar esse tipo de fotografia?
As respostas possíveis incluem:
Se o tempo permitir, pode ser útil levar os jovens a refletir sobre empatia e respeito digital. Relembre-os de que o consentimento é importante, mesmo com pessoas em quem confiam. O facto de uma coisa parecer irrelevante ou engraçada para uma pessoa não significa que seja aceitável para outra. A partilha excessiva acontece muitas vezes não por crueldade, mas por mal-entendido ou falta de pausa para pensar antes de publicar.
Pode ser partilhado ou é privado? (itens 4 a 6 do passo-a-passo para os alunos)
Organize a turma em pares e partilha o documento “Pode ser partilhado ou é privado?”, que enumera nove pontos.
Dê 5 minutos para que os alunos escrevam OK, Privado ou Depende ao lado de cada item do documento.
No ecrã ou num flipchart/quadro, desenhe três colunas e chama os pares:
“Que item assinalaram como OK?”
Escreve em OK:
Os exemplos de respostas incluem os itens que são seguros para partilhar publicamente, mas é aconselhável pensar bem antes de publicar:
“Quais é que puseram em Privado?”
Escreve em Privado.
Os exemplos de respostas incluem as coisas que não devem ser partilhadas sem autorização e que, de um modo geral, não são seguras para publicar online:
“E quais as coisas que acham que depende?”
Escreve em Depende.
Os exemplos de respostas incluem coisas que podem ser corretas em algumas situações, mas que têm de ser pensadas cuidadosamente e, muitas vezes, têm de ser autorizadas antes de publicar:
Conclusão e cartões de consentimento digital (itens 7 a 9 do passo-a-passo para os alunos)
Distribuia os pequenos cartões de consentimento digital e oriente os alunos conforme o passo-a-passo.
Forneça cartolinas, marcadores e autocolantes.
“Os sentimentos são importantes online; é importante estabelecer limites.”
Termine a aula com um encorajamento para partilhar os cartões em casa e ter conversas abertas sobre o consentimento sobre partilhas online com os amigos, família e irmãos.
Outras recomendações
Para os alunos mais avançados, pode ser útil mostrar como funcionam as definições de privacidade numa plataforma como o YouTube Kids ou uma aplicação de aprendizagem.
A ideia de extensão poderia incluir, como turma, a criação de um cartaz de Consentimento Digital para expor no corredor da escola, com lembretes sobre o consentimento e o respeito online.